sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Mudanças no Alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
a. Na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b. Na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
a. Na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b. Na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra “u” para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era - Como fica
agüentar - aguentar
argüir - arguir
bilíngüe - bilíngue
cinqüenta - cinquenta
delinqüente - delinquente
eloqüente - eloquente
ensangüentado - ensanguentado
eqüestre - equestre
freqüente - frequente
lingüeta - lingueta
lingüiça - linguiça
qüinqüênio - quinquênio
sagüi - sagui
seqüência - sequência
seqüestro - sequestro
tranqüilo - tranquilo
Atenção!
O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano
Como era - Como fica
agüentar - aguentar
argüir - arguir
bilíngüe - bilíngue
cinqüenta - cinquenta
delinqüente - delinquente
eloqüente - eloquente
ensangüentado - ensanguentado
eqüestre - equestre
freqüente - frequente
lingüeta - lingueta
lingüiça - linguiça
qüinqüênio - quinquênio
sagüi - sagui
seqüência - sequência
seqüestro - sequestro
tranqüilo - tranquilo
Atenção!
O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano
Mudanças nas Regras de Acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era - Como fica
alcalóide - alcaloide
alcatéia - alcateia
andróide - androide
apóia (verbo apoiar) - apoia
apóio (verbo apoiar) - apoio
asteróide - asteroide
bóia - boia
celulóide - celuloide
clarabóia - claraboia
colméia - colmeia
Coréia - Coreia
debilóide - debiloide
epopéia - epopeia
estóico - estoico
estréia - estreia
estréio (verbo estrear) - estreio
geléia - geleia
heróico - heroico
idéia - ideia
jibóia - jiboia
jóia - joia
odisséia - odisseia
paranóia - paranoia
paranóico - paranoico
platéia - plateia
tramóia – tramoia


Exemplos Complementares:







Atenção!
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos:
papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente.
Como era - Como fica
baiúca – baiuca (lugar popular do subúrbio, em que se faz festas).
bocaiúva - bocaiuva (fruta do cerrado)

cauíla - cauila (avarento)
feiúra - feiura
boiúna – boiuna (sucuri)

Atenção!
- se a palavra for oxítona e o "i" ou o "u" estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
- se o "i" ou o "u" forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece.
Exemplos: guaíba, Guaíra.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era - Como fica
abençôo - abençoo
crêem (verbo crer) - creem
dêem (verbo dar) - deem
dôo (verbo doar) - doo
enjôo - enjoo
lêem (verbo ler) - leem
magôo (verbo magoar) - magoo
perdôo (verbo perdoar) - perdoo
povôo (verbo povoar) - povoo
vêem (verbo ver) - veem
vôos - voos
zôo - zoo
côa - coa
Exemplos Complementares:

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era - Como fica
Ele pára o carro. - Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. - Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. - Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. - Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. - Comi uma pera.
Exemplos Complementares:
“O motorista sai do carro e para para olhar a vista”.
Título qualquer: “Movimento feminista para São Paulo”. (pelo contexto)



Atenção!
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. O acento cai nas variações de pôr: compor, depor, repor.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no "u" tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir.
- arguir: repreender, censurar com argumentos.
- redargüir: replicar argumentando.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em "guar", "quar" e "quir", como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com "a" ou "i" tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir (cometer falta, crime, delito): delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com “u” tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção!
No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com "a" e "i" tônicos.
Como era - Como fica
alcalóide - alcaloide
alcatéia - alcateia
andróide - androide
apóia (verbo apoiar) - apoia
apóio (verbo apoiar) - apoio
asteróide - asteroide
bóia - boia
celulóide - celuloide
clarabóia - claraboia
colméia - colmeia
Coréia - Coreia
debilóide - debiloide
epopéia - epopeia
estóico - estoico
estréia - estreia
estréio (verbo estrear) - estreio
geléia - geleia
heróico - heroico
idéia - ideia
jibóia - jiboia
jóia - joia
odisséia - odisseia
paranóia - paranoia
paranóico - paranoico
platéia - plateia
tramóia – tramoia


Exemplos Complementares:







Atenção!
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos:
papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente.
Como era - Como fica
baiúca – baiuca (lugar popular do subúrbio, em que se faz festas).

bocaiúva - bocaiuva (fruta do cerrado)

cauíla - cauila (avarento)
feiúra - feiura
boiúna – boiuna (sucuri)

Atenção!
- se a palavra for oxítona e o "i" ou o "u" estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
- se o "i" ou o "u" forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece.
Exemplos: guaíba, Guaíra.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era - Como fica
abençôo - abençoo
crêem (verbo crer) - creem
dêem (verbo dar) - deem
dôo (verbo doar) - doo
enjôo - enjoo
lêem (verbo ler) - leem
magôo (verbo magoar) - magoo
perdôo (verbo perdoar) - perdoo
povôo (verbo povoar) - povoo
vêem (verbo ver) - veem
vôos - voos
zôo - zoo
côa - coa
Exemplos Complementares:

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era - Como fica
Ele pára o carro. - Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. - Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. - Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. - Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. - Comi uma pera.
Exemplos Complementares:
“O motorista sai do carro e para para olhar a vista”.
Título qualquer: “Movimento feminista para São Paulo”. (pelo contexto)



Atenção!
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3.ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. O acento cai nas variações de pôr: compor, depor, repor.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no "u" tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir.
- arguir: repreender, censurar com argumentos.
- redargüir: replicar argumentando.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em "guar", "quar" e "quir", como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com "a" ou "i" tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir (cometer falta, crime, delito): delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com “u” tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção!
No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com "a" e "i" tônicos.
Uso do Hífen com Compostos
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação.
Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca, bem-vindo.
Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
Exemplos Complementares:



2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
Exemplos Complementares:

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação.
Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra, passo a passo.
Exemplos Complementares:

Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo.
Exemplos: gota-d’água, pé-d’água.

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação.
Exemplos:
Belo Horizonte — belo-horizontino
Porto Alegre — porto-alegrense
Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte
África do Sul — sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
Bico-de-Papagaio

Bico de papagaio (osteofitose)

b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).
Olho-de-boi

Olho de boi (primeira série de selos postais de 1843)
Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca, bem-vindo.
Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
Exemplos Complementares:



2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
Exemplos Complementares:

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação.
Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra, passo a passo.
Exemplos Complementares:

Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo.
Exemplos: gota-d’água, pé-d’água.

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação.
Exemplos:
Belo Horizonte — belo-horizontino
Porto Alegre — porto-alegrense
Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte
África do Sul — sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação.
Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
Bico-de-Papagaio

Bico de papagaio (osteofitose)

b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).
Olho-de-boi

Olho de boi (primeira série de selos postais de 1843)

Uso do Hífen com Prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos: micro-ondas, anti-infacionário, sub-bibliotecário, inter-regional.
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos: autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicírculo.

Exemplos Complementares:
Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos: minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta.

Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”.
Exemplos: sub-região, sub-reitor, sub-regional, sob-roda.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por “m”, “n” e vogal.
Exemplos: circum-murado, circum-navegação, pan-americano.
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra, vice-rei.
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por “o” ou “h”. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com "r" ou "s", dobram-se essas letras. Exemplos: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação, coerdeiro, corréu, corresponsável, cosseno.
Exemplos Complementares:

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por "e".
Exemplos: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por “b”, “d” ou “r”.
Exemplos: ad-digital, ad-renal, ob-rogar, ab-rogar.
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos: micro-ondas, anti-infacionário, sub-bibliotecário, inter-regional.
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos: autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicírculo.

Exemplos Complementares:
Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos: minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta.

Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”.
Exemplos: sub-região, sub-reitor, sub-regional, sob-roda.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por “m”, “n” e vogal.
Exemplos: circum-murado, circum-navegação, pan-americano.
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra, vice-rei.
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por “o” ou “h”. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com "r" ou "s", dobram-se essas letras. Exemplos: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação, coerdeiro, corréu, corresponsável, cosseno.
Exemplos Complementares:

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por "e".
Exemplos: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por “b”, “d” ou “r”.
Exemplos: ad-digital, ad-renal, ob-rogar, ab-rogar.

Outros Casos do Uso do Hífen
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase.
Exemplos:(acordo de) não agressão, (isto é um) quase delito.
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l.
Exemplos: mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo
*Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim.
Exemplos: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim.
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-
-alunos.
Fonte: TUFANO, Douglas. "Guia Prático da Nova Ortografia" - MICHAELIS - Ed. Melhoramentos. Abril, 2009.
Exemplos:(acordo de) não agressão, (isto é um) quase delito.
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l.
Exemplos: mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo
*Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim.
Exemplos: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim.
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-
-alunos.
Fonte: TUFANO, Douglas. "Guia Prático da Nova Ortografia" - MICHAELIS - Ed. Melhoramentos. Abril, 2009.
Os Prós e Contras
- Facilidade de criação de novas palavras.

- O próprio Governo não segue a lei do novo acordo.

- Doutores vão precisar voltar à carteira.

- O tempo que ainda nos resta é considerável.

- 8.000 palavras alteradas, e muitas que não conhecemos, o que reprova muitos concurseiros.

- “... futuro é página em branco que preenchemos segundo nossa vontade...”
- Os gramáticos não deveriam fazer a reforma. O povo faz a língua.

- Alguém a favor do acordo.

- Jornalista da Globo também a favor.

Fonte: Recanto das Letras (recantodasletras.uol.com.br)
-Manchete fictícia
Movimento sem-terra para Brasília
Milhares de pessoas que não têm onde morar se reuniram na Gota-d’Água, praça criada pelo ex-prefeito mato-grossense-do-sul, Cláudio Braga. Como era de se esperar, os manifestantes iniciaram o encontro destruindo a praça, patrimônio cultural de Mato Grosso. Com a chegada dos policiais houve muito pega-pega e corre-corre. Mas isso não foi o suficiente para pará-los: entraram numas fazendas próximas e queimaram plantações de erva--doce, pimenta-do-reino, cravo-da-índia e de pera. Isso porque eles creem que conseguirão alguma coisa através da brutalidade. Não foi difícil para o mandachuva do movimento, Geraldo Metralha, pôr na mente dos seus seguidores esta ideia negativa, com seus estudos em história, filosofia e psicologia. Metralha pôde influenciá-los facilmente, agindo de má-fé.
Grande parte dos manifestantes fugiu, combinando outro encontro nas praças Peixe-Espada e Peixe-do-Paraíso, de onde partiriam para marcha até Brasília. Eles então se prepararam: encheram suas mochilas de água e muito pé de moleque. A caminhada não foi fácil. Com a preelaboração de um roteiro da viagem, eles calcularam cinco dias de marcha.
Muito sol e calor durante o percurso. Só ao final caiu um pé-d’água, que os surpreendeu. Muitos passaram mal porque não tinham mais o que comer. O ânimo dos participantes chegava ao fim. Mas, com insistência, chegaram à Brasília e descansaram num mini-hotel. Nos quartos, só havia um sofá-cama, um rack com fotos de antirreligiosos e antissemitas.
Não aguentaram ficar ali por muito tempo. Tiveram enjoo por causa da comida do hotel. Então os manifestantes decidiram começar o quebra-quebra na cidade. As mulheres de minissaia e os homens vestidos de paraquedistas destruíram autoescolas, sub-regiões agroindustriais, e outros estabelecimentos.
Por fim, a polícia de Brasília conseguiu controlar o movimento e prenderam cinquenta deles, chamando-os de delinquentes, por não ser um ocorrido frequente na cidade. Desta forma, a situação ficou tranquila, porque o líder do movimento foi assassinado por um dos manifestantes.

- O próprio Governo não segue a lei do novo acordo.

- Doutores vão precisar voltar à carteira.

- O tempo que ainda nos resta é considerável.

- 8.000 palavras alteradas, e muitas que não conhecemos, o que reprova muitos concurseiros.

- “... futuro é página em branco que preenchemos segundo nossa vontade...”

- Os gramáticos não deveriam fazer a reforma. O povo faz a língua.

- Alguém a favor do acordo.

- Jornalista da Globo também a favor.

Fonte: Recanto das Letras (recantodasletras.uol.com.br)
-Manchete fictícia
Movimento sem-terra para Brasília
Milhares de pessoas que não têm onde morar se reuniram na Gota-d’Água, praça criada pelo ex-prefeito mato-grossense-do-sul, Cláudio Braga. Como era de se esperar, os manifestantes iniciaram o encontro destruindo a praça, patrimônio cultural de Mato Grosso. Com a chegada dos policiais houve muito pega-pega e corre-corre. Mas isso não foi o suficiente para pará-los: entraram numas fazendas próximas e queimaram plantações de erva--doce, pimenta-do-reino, cravo-da-índia e de pera. Isso porque eles creem que conseguirão alguma coisa através da brutalidade. Não foi difícil para o mandachuva do movimento, Geraldo Metralha, pôr na mente dos seus seguidores esta ideia negativa, com seus estudos em história, filosofia e psicologia. Metralha pôde influenciá-los facilmente, agindo de má-fé.
Grande parte dos manifestantes fugiu, combinando outro encontro nas praças Peixe-Espada e Peixe-do-Paraíso, de onde partiriam para marcha até Brasília. Eles então se prepararam: encheram suas mochilas de água e muito pé de moleque. A caminhada não foi fácil. Com a preelaboração de um roteiro da viagem, eles calcularam cinco dias de marcha.
Muito sol e calor durante o percurso. Só ao final caiu um pé-d’água, que os surpreendeu. Muitos passaram mal porque não tinham mais o que comer. O ânimo dos participantes chegava ao fim. Mas, com insistência, chegaram à Brasília e descansaram num mini-hotel. Nos quartos, só havia um sofá-cama, um rack com fotos de antirreligiosos e antissemitas.
Não aguentaram ficar ali por muito tempo. Tiveram enjoo por causa da comida do hotel. Então os manifestantes decidiram começar o quebra-quebra na cidade. As mulheres de minissaia e os homens vestidos de paraquedistas destruíram autoescolas, sub-regiões agroindustriais, e outros estabelecimentos.
Por fim, a polícia de Brasília conseguiu controlar o movimento e prenderam cinquenta deles, chamando-os de delinquentes, por não ser um ocorrido frequente na cidade. Desta forma, a situação ficou tranquila, porque o líder do movimento foi assassinado por um dos manifestantes.
Estrangeirismo
Estrangeirismo é o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. De acordo com o idioma de origem, as palavras recebem nomes específicos, tais como anglicismo (do inglês), galicismo (do francês), etc.O estrangeirismo possui duas categorias:
1) Com aportuguesamento: a grafia e a pronúncia da palavra são adaptadas para o português. Exemplo: abajur (do francês "abat-jour")
2) Sem aportuguesamento: conserva-se a forma original da palavra. Exemplo: mouse (do inglês "mouse")
Os estrangeirismos são geralmente introduzidos na língua ao mesmo tempo que um conceito novo (por exemplo, bungee-jumping) ou pertencente a outra cultura (como é o caso de reggae) chega a um país de língua portuguesa. Se o uso for suficientemente freqüente e duradouro, é comum o aparecimento de um termo ou expressão equivalente (como rato, "dispositivo informático", para mouse), ou a adaptação à escrita e à pronúncia do português - como aconteceu, entre muitos outros casos, com líder e futebol
No Brasil, a grande invasão dos estrangeirismos começou na segunda metade do século passado, fundamentalmente pela língua francesa. Ela foi intervindo na elite intelectual e social a tal ponto que, até mesmo no início desse século, apresentavam-se peças no teatro com o original todo escrito em francês. Na platéia, havia os que compreendiam muito, os que entendiam apenas algumas partes e aqueles que nada assimilavam, mas que compareciam porque isso dava status.
Depois que a invasão da língua francesa tornou-se muito evidente e começou a ser muito dominante, a gramática brasileira resolveu reagir. Os gramáticos e as escolas começaram a proibir o uso de galicismos (palavras, expressões ou construções francesas). Nessa época - lá pela década de 20 - também acontecia o mesmo em Portugal. Eça de Queiroz, grande escritor português, foi acusado de galicista pelos gramáticos.
A partir de 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial, cresceu muito a influência da língua inglesa no Brasil. Os Estados Unidos destacam-se como a grande nação dominadora do mundo pelas forças políticas e econômicas; acentua-se a propaganda maciça pelo cinema, pelas canções, pelos produtos industrializados, alimentícios e outro mais. A invasão dos termos ingleses está se dando cada vez com mais força pela linguagem técnica: informática, televisão, Internet, etc.
As pessoas, em geral, estão tão acostumadas com a presença dos estrangeirismos na língua que, muitas vezes, desconhecem que uma série de palavras têm sua origem em outros idiomas. Veja a seguir uma lista com exemplos de palavras que passaram pelo processo de aportuguesamento, bem como a origem e definição de cada uma delas:
1) Com aportuguesamento: a grafia e a pronúncia da palavra são adaptadas para o português. Exemplo: abajur (do francês "abat-jour")
2) Sem aportuguesamento: conserva-se a forma original da palavra. Exemplo: mouse (do inglês "mouse")
Os estrangeirismos são geralmente introduzidos na língua ao mesmo tempo que um conceito novo (por exemplo, bungee-jumping) ou pertencente a outra cultura (como é o caso de reggae) chega a um país de língua portuguesa. Se o uso for suficientemente freqüente e duradouro, é comum o aparecimento de um termo ou expressão equivalente (como rato, "dispositivo informático", para mouse), ou a adaptação à escrita e à pronúncia do português - como aconteceu, entre muitos outros casos, com líder e futebol
No Brasil, a grande invasão dos estrangeirismos começou na segunda metade do século passado, fundamentalmente pela língua francesa. Ela foi intervindo na elite intelectual e social a tal ponto que, até mesmo no início desse século, apresentavam-se peças no teatro com o original todo escrito em francês. Na platéia, havia os que compreendiam muito, os que entendiam apenas algumas partes e aqueles que nada assimilavam, mas que compareciam porque isso dava status.
Depois que a invasão da língua francesa tornou-se muito evidente e começou a ser muito dominante, a gramática brasileira resolveu reagir. Os gramáticos e as escolas começaram a proibir o uso de galicismos (palavras, expressões ou construções francesas). Nessa época - lá pela década de 20 - também acontecia o mesmo em Portugal. Eça de Queiroz, grande escritor português, foi acusado de galicista pelos gramáticos.
A partir de 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial, cresceu muito a influência da língua inglesa no Brasil. Os Estados Unidos destacam-se como a grande nação dominadora do mundo pelas forças políticas e econômicas; acentua-se a propaganda maciça pelo cinema, pelas canções, pelos produtos industrializados, alimentícios e outro mais. A invasão dos termos ingleses está se dando cada vez com mais força pela linguagem técnica: informática, televisão, Internet, etc.
As pessoas, em geral, estão tão acostumadas com a presença dos estrangeirismos na língua que, muitas vezes, desconhecem que uma série de palavras têm sua origem em outros idiomas. Veja a seguir uma lista com exemplos de palavras que passaram pelo processo de aportuguesamento, bem como a origem e definição de cada uma delas:

Polêmica
Muitas vezes, o uso de estrangeirismos é aparentemente desnecessário dado a existência prévia de palavras equivalentes em português, como parece suceder com ranking (equivalente a classificação). A adoção de palavras estrangeiras sucede frequentemente através do vocabulário de um domínio de especialidade ou de um grupo social específico. Com o tempo, alguns estrangeirismos passam a ter uma alternativa em português, quer seja esta um equivalente (decalque semântico), como no caso de correio electrónico para e-mail, quer seja um aportuguesamento (ou seja, uma forma adaptada a nível ortográfico, ou morfológico, ou mesmo semântico), como é o caso de suflé, proveniente do francês soufflé.
Uma proposta de professores do Instituto de Letras e Artes da PUCRS está provocando as mais diversas reações em professores e estudiosos da língua portuguesa. Para alguns, significa uma agressão ao idioma nacional. Para outros, é a representação escrita de um processo natural e antigo pelo qual passam todas as línguas. Trata-se do Dicionário Essencial da Língua Portuguesa.
Para o professor Volnyr Santos, coordenador do Departamento de Letras Vernáculas da PUCRS, que comanda a equipe de produção do livro, certas pessoas rejeitam a proposta por ela "estar mexendo em coisas estabelecidas". "Se está assim, por que mexer?", diriam. A questão é que nada é tão estabelecido e estático assim.
Além do desconhecimento quanto ao processo de evolução de um língua, um outro fator contribui para as controvérsias sobre o dicionário: a mitificação. Volnyr Santos explica: "Nós vivemos em uma fase da cultura em que a imagem é muito forte. A língua estrangeira, especialmente o inglês, traz um certo status para o usuário da língua. Hoje em dia, isso é quase uma necessidade do ponto de vista cultural, mas, quando as pessoas utilizam termos ingleses sua relação pessoal, elas se sentem um pouco privilegiadas."
Quando alguém diz que vai tomar um refrigerante light, por exemplo, essa expressão denota um caráter diferencial. Portanto, ao propor a grafia portuguesa para palavras de outros idiomas, o dicionário está, de certo modo, desmitificando a forma estrangeira. "Então, as pessoas que estão acostumadas com a palavra shopping e passam a vê-la como xópin têm a impressão de que não se trata da mesma coisa." Tudo é uma mera questão de costume. Quem é que pára para pensar que as corriqueiras palavras confete e lanche são, respectivamente, versões portuguesas da italiana confetti e da inglesa lunch? Há algum tempo suas grafias também pareciam "estranhas", mas agora elas estão incorporadas de tal forma na língua portuguesa que é até difícil imaginar que suas origens pertencem, de fato, a outras línguas. Da mesma forma, há os termos drinque (do inglês drink), chofer (do francês chauffer) e gueixa (do japonês gueisha), entre tantos outros.
Então, qual o problema em tomar um milquecheique, fazer um escâner de uma imagem ou, brincando com o mause, navegar por interessantes saites da Internet?
Exemplos:
Estrangeirismos já aportuguesados (constantes do Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa)
Bric-à-brac (francês) - bricabraque
Cake (inglês) - queque
Confetti (italiano) - confete
Pickles (inglês) - picles
Sweater (inglês) - suéter
Scratch (inglês) - escrete
Trolley (inglês) - trole
Twist (inglês) - tuíste
Yatch (inglês) - iate
Algumas propostas do dicionário da PUC
Affaire (francês) - afer
Air bag (inglês) - erbegue
Display (inglês) - displei
Feedback (inglês) - fidebeque
Full time (inglês) - fultaime
Laser (inglês) - lêiser
Lingerie (francês) - langerri
Merchandising (inglês) - merchandáisin
Sukiyaki (japonês) - suquiáqui
Training (inglês) - tréinin
Uma proposta de professores do Instituto de Letras e Artes da PUCRS está provocando as mais diversas reações em professores e estudiosos da língua portuguesa. Para alguns, significa uma agressão ao idioma nacional. Para outros, é a representação escrita de um processo natural e antigo pelo qual passam todas as línguas. Trata-se do Dicionário Essencial da Língua Portuguesa.
Para o professor Volnyr Santos, coordenador do Departamento de Letras Vernáculas da PUCRS, que comanda a equipe de produção do livro, certas pessoas rejeitam a proposta por ela "estar mexendo em coisas estabelecidas". "Se está assim, por que mexer?", diriam. A questão é que nada é tão estabelecido e estático assim.
Além do desconhecimento quanto ao processo de evolução de um língua, um outro fator contribui para as controvérsias sobre o dicionário: a mitificação. Volnyr Santos explica: "Nós vivemos em uma fase da cultura em que a imagem é muito forte. A língua estrangeira, especialmente o inglês, traz um certo status para o usuário da língua. Hoje em dia, isso é quase uma necessidade do ponto de vista cultural, mas, quando as pessoas utilizam termos ingleses sua relação pessoal, elas se sentem um pouco privilegiadas."
Quando alguém diz que vai tomar um refrigerante light, por exemplo, essa expressão denota um caráter diferencial. Portanto, ao propor a grafia portuguesa para palavras de outros idiomas, o dicionário está, de certo modo, desmitificando a forma estrangeira. "Então, as pessoas que estão acostumadas com a palavra shopping e passam a vê-la como xópin têm a impressão de que não se trata da mesma coisa." Tudo é uma mera questão de costume. Quem é que pára para pensar que as corriqueiras palavras confete e lanche são, respectivamente, versões portuguesas da italiana confetti e da inglesa lunch? Há algum tempo suas grafias também pareciam "estranhas", mas agora elas estão incorporadas de tal forma na língua portuguesa que é até difícil imaginar que suas origens pertencem, de fato, a outras línguas. Da mesma forma, há os termos drinque (do inglês drink), chofer (do francês chauffer) e gueixa (do japonês gueisha), entre tantos outros.
Então, qual o problema em tomar um milquecheique, fazer um escâner de uma imagem ou, brincando com o mause, navegar por interessantes saites da Internet?
Exemplos:
Estrangeirismos já aportuguesados (constantes do Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa)
Bric-à-brac (francês) - bricabraque
Cake (inglês) - queque
Confetti (italiano) - confete
Pickles (inglês) - picles
Sweater (inglês) - suéter
Scratch (inglês) - escrete
Trolley (inglês) - trole
Twist (inglês) - tuíste
Yatch (inglês) - iate
Algumas propostas do dicionário da PUC
Affaire (francês) - afer
Air bag (inglês) - erbegue
Display (inglês) - displei
Feedback (inglês) - fidebeque
Full time (inglês) - fultaime
Laser (inglês) - lêiser
Lingerie (francês) - langerri
Merchandising (inglês) - merchandáisin
Sukiyaki (japonês) - suquiáqui
Training (inglês) - tréinin
Projeto de Lei
Um dos assuntos mais debatidos entre linguistas no Brasil é o polêmico projeto de lei 1676/99, de autoria do deputado Aldo Rebelo – do PCdoB de São Paulo – que objetiva defender, proteger e promover a língua portuguesa em território brasileiro. Tal projeto define como prática abusiva os casos em que a utilização da palavra ou expressão em língua estrangeira tiver equivalente em língua portuguesa. Dessa forma, se a lei for publicada, as palavras ou expressões em língua estrangeira utilizadas em território nacional ou em repartição brasileira no exterior deverão ser substituídas por palavras ou expressões equivalentes em língua portuguesa.
O projeto de lei, em seu artigo 3.º, define os segmentos sociais que serão alvo da possível lei: (1) todos os brasileiros; (2) todos os estrangeiros que se encontram em nosso país há mais de um ano. Define também as situações em que a língua portuguesa deve ser usada:
Art. 3.º - É obrigatório o uso da língua portuguesa por brasileiros natos e naturalizados, e pelos estrangeiros residentes no País há mais de 1 (um) ano, nos seguintes domínios socioculturais:
I – no ensino e na aprendizagem;
II – no trabalho;
III – nas relações jurídicas;
IV – na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica oficial;
V – na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica em eventos públicos nacionais;
VI – nos meios de comunicação de massa;
VII – na produção e no consumo de bens, produtos e serviços;
VIII – na publicidade de bens, produtos e serviços.
(Apud AUBERT, 2001: 166-7)
Nota-se, principalmente nos incisos VI, VII e VIII, que o campo de ação do projeto de lei é o léxico da língua, já que pretende coibir o uso de certas palavras estrangeiras nos meios de comunicação, no anúncio e publicidade comerciais. Com isso, a lei se tornaria uma barreira na descaracterização do português brasileiro.
A polêmica em cima disso reside no seguinte questionamento: é realmente necessário proibir por lei o estrangeirismo? Se for o caso, a lei surtirá efeito? Dado a origem da língua portuguesa e o contínuo processo de globalização vivido no mundo hoje, os principais lingüistas partilham da opinião que não é bom o uso excessivo de estrangeirismo, mas criar uma lei para esse fim não é a forma mais viável. Cada um deve usar ou não a língua portuguesa por uma questão moral, e não legal. Além do mais, a língua é um importante “indicador de soberania cultural”, por isso, se o português está desvalorizado, não será uma lei que reverterá este problema.
O projeto de lei, em seu artigo 3.º, define os segmentos sociais que serão alvo da possível lei: (1) todos os brasileiros; (2) todos os estrangeiros que se encontram em nosso país há mais de um ano. Define também as situações em que a língua portuguesa deve ser usada:
Art. 3.º - É obrigatório o uso da língua portuguesa por brasileiros natos e naturalizados, e pelos estrangeiros residentes no País há mais de 1 (um) ano, nos seguintes domínios socioculturais:
I – no ensino e na aprendizagem;
II – no trabalho;
III – nas relações jurídicas;
IV – na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica oficial;
V – na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica em eventos públicos nacionais;
VI – nos meios de comunicação de massa;
VII – na produção e no consumo de bens, produtos e serviços;
VIII – na publicidade de bens, produtos e serviços.
(Apud AUBERT, 2001: 166-7)
Nota-se, principalmente nos incisos VI, VII e VIII, que o campo de ação do projeto de lei é o léxico da língua, já que pretende coibir o uso de certas palavras estrangeiras nos meios de comunicação, no anúncio e publicidade comerciais. Com isso, a lei se tornaria uma barreira na descaracterização do português brasileiro.
A polêmica em cima disso reside no seguinte questionamento: é realmente necessário proibir por lei o estrangeirismo? Se for o caso, a lei surtirá efeito? Dado a origem da língua portuguesa e o contínuo processo de globalização vivido no mundo hoje, os principais lingüistas partilham da opinião que não é bom o uso excessivo de estrangeirismo, mas criar uma lei para esse fim não é a forma mais viável. Cada um deve usar ou não a língua portuguesa por uma questão moral, e não legal. Além do mais, a língua é um importante “indicador de soberania cultural”, por isso, se o português está desvalorizado, não será uma lei que reverterá este problema.